Por trás desse sorriso...


 Olá!


Voltei aquele ritmo de ficar mais tempo pensando sobre fatos, coisas e pessoas de modo avulso.

Principalmente todos dentro do meu contexto, do meu enredo chamado vida.

Fiz uma ilusão de jogar todos pro alto e vê-los cair.

O que cai mais rápido e o que por um breve tempo flutua.

Sim! quis mentalmente visualizar isso...

Mas foi uma visualização por sentimento e não por campo visual, campo material.

A regra era: _ Quem cair muito rápido é porque está pesado e quem caísse levemente, este sim está leve de viver, de sentir e de manter.


Não é um exercício único, feito por uma só vez.

Foram diversas vezes que tive que jogar e, a cada vez um aperto no coração, um alívio na alma também.

Já reparou que sou um tanto dramática pra expor o que todos nós fazemos ao longo de nossa vida: lançar fora pessoas de nosso convívio, parar de reter dentro de nós fatos que já não condizem com o nosso viver e sentimentos que mais atrapalham do que nos dá felicidade?


Pois é!

Por isso que tenho esse Blog!

Pra dramatizar tudo aqui.

E, dentro desta dramatização, encontro nas linhas escritas a razão pela qual faço isso.

Não tenho aquele senso de revide que muitos tem.

Fez algo pra mim, devolvo imediatamente!

Nada... 

As vezes nem mesmo entendi o que  foi feito. Era pra gerar alguma consequência destrutiva? 

Seja da amizade, do fato ou do sentimento?

Mas isso não quer dizer que eu não seja reativa. 

Todos nós somos!

Uns menos e outros muito mais, uns explodem e outros implodem.

Hoje mesmo estou implodindo.

Tentando refazer uma linha do tempo pra entender onde fui lapsa ou mesmo onde perdi o compasso.

... Não consegui chegar no ponto desta situação onde a gravidade foi bem cruel.

Mas é isso! O tempo nos cobra aquilo que não nos atentamos num determinado ponto da nossa jornada  e, simplesmente deixa de existir lá na frente mas nossa capacidade de entender o que houve é muito aquém das consequências.

Resultado: alguém ficou pra trás e não percebemos.

Ou, fomos deixados pra trás e não percebemos.  


Hoje eu estou triste mas não é mais aquela tristeza que eu sentia que rasgava o coração e derrubava a alma.

É uma tristeza consciente que joguei pro alto e nunca imaginava que aquela pessoa cairia tão rápido.

Não fará mais parte de minha jornada e nem eu da dela.


Por um breve momento, parei de ver meu lado, ver o meu "por trás..." e fui ver o de uma amiga.



As vezes vejo ( com olhos espirituais ) pessoas sofrendo e me pergunto:

_ Como pode? Não aparenta esse sofrimento...


Não tem muito tempo, eu presenciei uma amiga fazer exatamente isso que eu fiz, jogar pro alto todas as suas convicções, suas amizades, sua crença em determinadas pessoas e até mesmo em determinado propósito social.

Confesso que duvidei que aquela atitude fosse prosperar.

Ao mesmo tempo eu quis entender o por que dessa decisão.

Não vou entrar em detalhes que não são meus mas posso explanar indiretamente alguns fatos.


Uma mulher bonita.

Bem resolvida.

Inteligente.

Empreendedora.

Dedicada a causas sociais.

Simpática, de um sorriso lindo.

Demonstra ser receptiva com todos.


Num determinado dia, me deparo com uma mulher triste, bem triste mesmo, tento entender como isso aconteceu.

Claro! Fui cuidadosa ao entrar nesse campo porque conheço as minas que podem explodir.

Ainda assim, com muito cuidado fui entender.


Sim! Ela fez isso!!

Jogou tudo pro alto pra ver quem cairá primeiro e quem flutuará.

Os caídos estão fora de sua vida e os que  flutuaram, permanecem, pois são leves.


Caíram pessoas!

Caíram locais!

Caíram! Caíram!!

Mal acreditei!

Caíram bons sentimentos devido ao bullyng sentimental que essa pessoa passou.

Inacreditável!  


Aí vejo essa amiga ser o que sempre foi:

_ Sorriso espontâneo pra todos -  Mas com um coração apertado por dentro

_ Olhar fraterno e firme  - Mas  há lágrimas ocultas escorrendo 

_ Cheia de auto estima - Há uma pessoa que sente por trás dessa auto estima

_ Um andar poderoso - Mas há insegurança

_ Cheia de amigos (as) - Ainda assim sente solidão


Todos nós temos o nosso lado oculto e é neste terreno que floresce toda a nossa reação, aquela que não podemos expor e sim implodir.


Não é fácil estar no meio de pessoas que são dadas como amigas e sofrer imposições julgadoras.


Consegui entender este jogar pro alto.

Confesso que eu não queria estar calçando esse salto alto.

Sim! Você pode escolher como você quer andar!

Mari escolheu andar de salto alto e acho lindo.

Sandálias dá rachaduras nos pés...

Ainda assim, sofre o mesmo que outras pessoas sofrem.

E tomou a decisão certa: Jogar pro alto todos os seus maiores valores de acordo com o que julga ser valoroso e ver o que flutuaria.


Só digo uma coisa quanto a Mari: _ Ainda que tenha jogado pro alto e algumas coisas caíram muito rápido, ela olhou pro chão, pois fez sua escolha e agachou pra recolher o que ainda lhe é valoroso e levou consigo para consertar.


Ter fé não é somente ter  uma crença no impossível.

Ter fé, é também ter uma decisão de restaurar aquilo que você acredita.


Hoje vi a restauração que ela fez e digo: Que orgulho que tenho desta minha amiga!


Por trás desse seu sorriso, mesmo que haja dor profunda, há esperança de uma grandeza tão pessoal que te faz ser quem é.


Olhei pros meus fatos, coisas, pessoas que joguei pro alto e percebi o que preciso fazer, ainda que alguns caiam no chão, você, Mari me ensinou como recolher e ter fé que flutuará em tempo oportuno.


Obrigada!   

 




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