... E tudo voltará à sua normalidade

Boa noite, aliás, bom finzinho de Dezembro para todos.

Estou um pouco distante daqui, sei disso...
Passo por momentos complicados, por uma fase que, sem dúvida, andou me tirando o chão.
Agora, tudo já processado, ficou mais fácil de lidar com minhas limitações impostas.
Uma delas, é justamente vir aqui e escrever.

Estou com sérios problemas de coluna que não me permitem mais ficar sentada por muito tempo, em pé ou mesmo deitada.
Nunca pensei que estas dificuldades pudessem me deixar tão limitada até mesmo mentalmente.
Sinceramente, não imaginava que eu ia passar por tudo isso e, cair, um cair de desânimo, de resmungos pelo fato de me ver tão limitada, enfim... Senti me sem pernas, sem braços, sem a minha mente, até hoje, depois de meses assim, ainda me sinto estagnada por estas dificuldades.

Tive e estou ainda fazendo uso de remédios controlados, derivado de morfina e calmante.
Jamais imaginaria que um dia eu fosse fazer uso de tais medicamentos.

Exames feitos e a saída para o problema foi dito: cirurgia para colocação de hastes, placas, cimento cirúrgico, pinos e porcas - E depois quando dizemos que o nosso problema é de ''junta'' as pessoas riem... Mas é mesmo de juntas!! Junta tudo e joga fora!

Estou com cirurgia marcada para dia 16 de Janeiro de 2014, se eu não amarelar, farei.
Tudo já encaminhado e, como eu que escolhi a data, pode ser que haverá revés, caso eu não consiga andar mais até lá.

Exames constam que meus ossos estão degenerados de tal forma que as últimas vértebras e a bacia do lado direito está esfarelado, aerado, uma massa e não ossos. Por isso tanta dor e precisando tanto de morfina para fazer cessar esta dor...

Deixei de fazer muitas coisas do meu dia a dia.
Trabalhar.
Fazer tarefas em casa, as mínimas não posso fazer.
Sair? Nem pensar!
Fazer meu trabalho voluntário, já não posso mais.

Tudo mudou.
Tudo.

Só há uma coisa, um algo que não muda e não mudará em meu viver: A fé que tenho em Deus para passar por este problema, ficar totalmente limitada e ainda assim, ter me mente somente o que for útil para que minha fé não desmorone frente ao que virá.

Sei que não será em uma única cirurgia consertar o estrago que lá está feito.
Mas sei que terei força e fôlego para sair dela e ficar pronta para a próxima.

E, depois da próxima, enfrentar o que vier.

No meio de toda esta limitação a que passo, um algo ficou nítido em minha vida:
_ O sentido real, vivido da tal paciência.

Meu Deus! 
Meu Deus!
Eu nunca tive paciência para nada!
Não sei esperar, não sei viver o tempo do agora sabendo que aquele que virá é o que mais me interessa.
Eu não TINHA paciência.

Hoje, eu não posso dizer que tenho.
Não...
Seria um erro dizer que estou tendo paciência.

Sou acelerada, penso rápido e, quem é assim, não sabe o sentido da paciência.

Paciência...
Uns dizem que, a paciência é um dom.
Outros dizem que é um aprendizado.

Fico com a segunda hipótese, já que, este dom passou longe de minha pessoa.

Estou aprendendo!
Ai como dói a iniciação! Nossa!! Como dói!

Paciência é um lugar sereno, calmo, tranquilo, onde a paz reina dentro de nós e com ela, podemos passar por toda a situação contrária, conflitante com a mesma calma de quando estamos numa situação de calmaria.
Paciência é justamente, saber que tudo que está acontecendo tem um propósito e dentro deste propósito, melhor é aceitar passar por isso, de modo calmo do que passar se debatendo e tendo outro rumo um acontecimento que já estava pronto para ser deste jeito.

A falta de paciência nos leva sempre para o caminho mais longo e tortuoso.
Voce já deve ter vivido uma situação assim, não é?
Não quis esperar, não quis ir mais lento... 
Até mesmo se recusou a entender  tudo isso que acontece contigo e, pior fica.

É assim que estou me sentindo.
Com enormes problemas, com uma dificuldade de entendê-los e pior ainda: sem motivação alguma para aceitar isso tudo acontecendo comigo.

Veja amados como ando vivendo.

Sei que é fase, é transitório mas a minha falta de paciência me leva a crer que se eu tiver paciência, a solução vai ser lenta como a paciência...

Sinceramente, não sei o que fazer ou mesmo, como me proceder interiormente frente a estes problemas.

Assim que eu puder, voltarei aqui com o que gosto de fazer: Escrever algo do fundo do meu coração.

Por enquanto, o que preciso é ser paciente e esperar.

Gosto desta canção.
Gosto muito mesmo...

Meu coração chega a inflar e perco a respiração...
Deve ser porque esta sensação e esta atitude de ser lenta, paciente, ainda me falta.
Muito me falta.


Comentários

  1. Você sempre terá meu apoio irrestrito e minhas orações, talvez por eu ser meio parecido em alguns aspectos contigo. Eu precisei ficar dez meses em uma cama para aprender sobre ter paciência, e o que eu posso te dizer, é que cada um aprende sozinho, todo esse processo de aceitação.
    Grande abraço;
    Silvio

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  2. Meu amigo Silvio, que injeção de ânimo me deste agora! 10 meses? Sério?
    Ai meu Deus.... rsrsrs
    Acho que aprendo em um mês!
    Meu neurocirurgião me deu 60 dias de recuperação total para a 1ª cirurgia de colocação das duas hastes e parafusos e, já me sinto aprisionada por ainda não dar o ponta pé inicial.
    Preciso sanar um probleminha das dores de cabeça antes de partir pra cirurgia.
    Sei que até dia 16 de Janeiro, tudo será sanado e finalmente o ponta pé vai ser dado e espero que meu traseiro suporte, rsrs
    Um abraço amigo.
    Deus nos abençoe e nos dê um ano de 2014 inigualável.

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